A Associação Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (ANDC) parabeniza as autoridades públicas envolvidas na operação para desbaratar a atuação do crime organizado no setor de combustíveis e sugere articulação continuada entre os atores responsáveis pela fiscalização, acompanhamento e controle do mercado nacional de combustíveis.
O setor de combustíveis tem grande importância para o desenvolvimento do país, com uma matriz de produtos diversificada, eficiente e ambientalmente virtuosa. Dotado de extraordinária infraestrutura de armazenamento, transporte, distribuição e revenda de combustíveis que abastecem 98% dos municípios brasileiros, precisa e merece atenção do poder público.
A grande maioria dos agentes econômicos que atuam no comércio de combustíveis desenvolve suas atividades de maneira regular, assegurando à sociedade brasileira o suprimento continuado de combustíveis, com produtos e serviços de qualidade a preços razoáveis.
A presença do crime organizado no comércio de combustíveis precisa ser identificada e coibida, de forma continuada, pelas autoridades responsáveis, ao tempo em que o exercício das atividades comerciais no segmento de combustíveis por aqueles empreendedores que se dedicam com responsabilidade e compromisso com o consumidor deve ser valorizado e protegido das ações dos marginais.
O comércio de combustíveis no Brasil é um serviço de utilidade pública, fortemente regulado, fundamentado em legislação robusta e rigorosa e o Estado brasileiro é grande, forte e pode, a partir do exemplo dessa operação, fazer mais e melhor para o desenvolvimento regular do mercado de combustíveis. O maior desafio dos órgãos públicos que atuam na repressão ao crime organizado está na capacidade de organizar e coordenar ações articuladas, de forma a construir e executar planejamentos de qualidade e focados na movimentação dos produtos e dinheiro do mundo marginal.
A ANDC representa os distribuidores regionais, que levam o combustível aos rincões mais distantes do país. Sabemos das dificuldades para atuar em uma atividade complexa, de interesse público, forte regulação, mas que é relevante e desafiadora para o desenvolvimento econômico e social do país.
Por isso, o dia de ontem precisa ser celebrado. Acreditamos que a operação Carbono Oculto iluminará iniciativas continuadas de melhorias no trabalho público de acompanhamento e controle do mercado de combustíveis no Brasil.
Francisco Neves – Diretor Executivo da Associação Nacional dos Distribuidores de Combustíveis (ANDC)
